Se o assunto é interpretação de texto, os dados não são animadores. De acordo com a INAF, 3 em cada 10 pessoas entre 15 e 64 anos, são analfabetos funcionais no Brasil. Quando o assunto é o inglês, o cenário é mais alarmante. Apenas 5% da população fala o idioma e apenas 1% é fluente.

Para além desses números, vivemos um cotidiano saturado de informações. A leitura em telas ditadas pelo ritmo das timelines (linhas do tempo) fazem com que os olhos funcionem como scanners. Eles varrem os textos em busca apenas das informações mais importantes. No ambiente corporativo, a era pós-pandemia reforçou a necessidade de comunicações assíncronas. Novas ferramentas de trabalho são exigidas para ajudar a driblar o excesso de conteúdo.

É por isso que diante desses desafios, a linguagem simples vem ganhando cada vez mais pauta. De acordo com definição do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, essa é uma técnica que reúne orientações sobre redação, estrutura, desenho e validação de textos para tornar a informação acessível a pessoas com dificuldade de compreensão de leitura. Traduzido para linguagem simples, o guia da ONU, lançado no mês passado, afirma que é uma técnica que facilita o acesso à informação.

Podemos dizer a mesma coisa de inúmeras maneiras. Mas quando somos acessíveis, somos efetivos. Com 10 princípios bem estabelecidos, 2 deles correlacionados se destacam como aliados da comunicação interna:

  1. Textos em linguagem clara agilizam processos e economizam tempo.
  2. Textos em linguagem clara aumentam a produtividade.

Se as informações são claras e bem compreendidas, há menos risco de retrabalho ou de conflitos. O espaço ocupado com tentativas de interpretação ou alinhamentos, passam a ser utilizadas para execução.

Há uma publicação recente sobre um funcionário que perdeu décadas de pesquisa. Ao ler errado um painel e desligar um refrigerador, comprometeu a temperatura de armazenamento de células e testes. O caso virou notícia. Mas aposto que se você parar para pensar alguns minutos, vai lembrar de algum problema em sua empresa ocasionado por má compreensão de uma informação.

Para evitar esses ruídos, pense sobre sua comunicação:

  • Apresenta palavras difíceis de ler, muitas siglas ou até mesmo termos técnicos demais?
  • As frases são longas ou estão em uma ordem complexa?
  • As ideias apresentadas podem ser descritas de forma mais clara?
  • Você conhece o público com quem está conversando (sua escolaridade, sua rotina, sua linguagem)?
  • Por fim, mas não menos importante, você possui meios para entender se a comunicação está sendo clara e efetiva (pesquisas e feedbacks)?

Gostou das dicas? Se ainda precisar de ajuda, aqui na Vibro, contamos com uma equipe que defende e aplica a técnica de linguagem simples com ferramentas adequadas de planejamento e redação para fazer sua comunicação vibrar da maneira certa. 

Para saber mais, fale com a gente contato@e-vibro.com.br.