Nos últimos anos, o bem-estar emocional deixou de ser um “benefício adicional” para ocupar lugar de prioridade estratégica nas empresas. A pandemia escancarou a fragilidade da saúde mental no ambiente corporativo e, desde então, o tema tem ganhado espaço nas conversas de líderes, RHs e colaboradores.

De acordo com o Guia de informações sobre os Fatores de Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho, lançado pelo governo, uma publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, no mundo, 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade, o que representa um custo de quase um trilhão de dólares à economia global, relacionado, de forma predominante, à perda de produtividade.  Outro dado relevante é que 86% das pessoas mudariam de emprego por saúde mental e mais satisfação no trabalho, segundo pesquisa realizada pelo Infojobs.

Além disso, com a entrada em vigor da nova atualização da NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1) a partir de 25 de maio de 2025, as empresas terão um papel ainda mais ativo na identificação e gestão de riscos psicossociais — como estresse crônico, assédio e sobrecarga de trabalho. Durante esse primeiro ano, a norma terá um caráter mais educativo, para que, em 2026, passe a haver autuações. Isso exige planejamento, envolvimento da liderança e uma comunicação interna coerente e empática.

Esses números mostram que, além da urgência humana, há uma lógica econômica clara por trás do investimento em bem-estar no trabalho. Em um cenário onde a retenção de talentos passa pelo cuidado com as pessoas, campanhas internas sobre saúde mental e qualidade de vida se tornaram indispensáveis. Mas colocar essas campanhas em prática ainda é um desafio para muitas organizações. Afinal, como falar de escuta ativa, apoio psicológico e prevenção ao esgotamento mental sem cair no superficial ou no improviso?

As soluções para esse cenário passam pela criação de campanhas internas estratégicas, que vão além das datas comemorativas. É preciso construir ações contínuas de conscientização, promover rodas de conversa com especialistas, divulgar canais de apoio psicológico e capacitar lideranças para exercerem uma escuta genuína. Uma comunicação interna bem planejada, sensível e alinhada à cultura da empresa pode ser a ponte entre o discurso de cuidado e a prática real no dia a dia.

Cuidar da saúde mental nas empresas não é apenas um diferencial competitivo — é uma responsabilidade e um caminho para um ambiente mais sustentável, produtivo e humano.

Se a sua empresa está em busca de apoio para desenvolver campanhas de saúde mental e qualidade de vida de forma estratégica e eficiente, conte com a gente!