Começamos a semana pensando no método Kanban, usado em muitas indústrias, inclusive algumas que atendemos. Nesse modelo de organização de produção, as demandas podem ser organizadas em dois fluxos principais: demanda puxada e demanda empurrada.

Na demanda puxada, a equipe assume novas tarefas com planejamento, gerando soluções de acordo com necessidades que são mapeadas e estruturadas. Já na demanda empurrada, as tarefas são aquelas repassadas, independentemente da capacidade do
time e da estratégia central.

Mas porque começar o post de hoje falando sobre isso?

A gente te explica! Não só nas fábricas é possível ver as diferenças entre estes dois tipos de iniciativas: na comunicação interna, a diferença entre esses modelos aparece claramente. Um exemplo de demanda empurrada é quando lideranças ou outras áreas disparam comunicados urgentes para serem divulgados imediatamente, sem considerar o planejamento da equipe de CI. Já um modelo de demanda puxada acontece quando a equipe de comunicação organiza um calendário editorial e “puxa” os temas com base na prioridade, no cronograma e na capacidade de produção — como em campanhas mensais de engajamento ou ações alinhadas ao planejamento estratégico. Adotar o modelo
puxado na CI contribui para uma atuação mais estratégica, previsível e eficiente.

Na teoria, a Comunicação Interna deveria ser o “leme” que guia e conduz a Cultura Organizacional, o engajamento das equipes e a conexão com os objetivos estratégicos da empresa. Mas, na prática, muitas áreas de CI ainda estão à deriva: navegando sem bússola, sem mapa e, pior, sem saber exatamente para onde estão indo. Quando o propósito não é claro, a comunicação vira só mais uma tarefa operacional e pouco eficiente.

É cada vez mais comum encontrar equipes de CI atoladas em demandas reativas, apagando incêndios ou apenas retransmitindo recados da liderança. Sem uma estratégia bem definida, a área corre o risco de virar um canal, sem impacto real no comportamento das pessoas ou no clima organizacional. O problema? Essa abordagem rasa não contribui para os desafios reais das empresas, como engajar, reter talentos ou construir uma cultura sólida.

Para sair desse marasmo e fazer a comunicação cumprir seu papel estratégico, é preciso antes de tudo entender por que (e para que) ela existe. Além de alinhar os colaboradores aos objetivos do negócio, deve promover o senso de pertencimento e, sim, também facilitar o fluxo transparente de informações entre todos os níveis da organização. Ah! Quando chegamos em altos níveis de maturidade, dá até para surfar algumas ondas, viu? (leia os artigos que produzimos sobre IA).

Mas essa navegação não é fácil. Muitas vezes, é preciso começar dentro de casa, sensibilizando o time de CI para priorizar as demandas como embaixadores da estratégia da comunicação e do negócio. Em seguida, é a vez de guiar as lideranças e garantir que todos estão no mesmo barco, direcionados para um mesmo propósito.

Não menos importante, é preciso fazer boas leituras de cenários e entender que nem sempre a maré vai mesmo estar para peixe. E tudo bem! Reajuste de rotas também fazem parte dos processos de evolução.

Afinal, mais do que informar, a Comunicação Interna precisa envolver, inspirar e mover pessoas. Quando guiada por propósito, ela se torna um pilar fundamental da cultura e da performance organizacional.

Quer sair do piloto automático e transformar sua Comunicação Interna em uma ferramenta estratégica de verdade? A gente te ajuda a desenhar essa jornada.

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