A relação das pessoas com o trabalho mudou. A geração X seguia o mesmo caminho profissional: estudar, trabalhar a vida toda em um único lugar e se aposentar. Se a empresa garantisse a jornada do colaborador, com segurança financeira, o empregado permanecia.
As novas gerações estão em busca de vivências que estejam de acordo com seus ideais.
Mais do que nunca, o propósito da empresa deve estar alinhado ao propósito de quem busca uma vaga de emprego.
O desafio do RH é redesenhar a jornada do colaborador, que vai da atração do candidato até o desligamento do empregado. É preciso que a proposta se conecte com os diversos perfis para reter esses novos talentos e mantê-los engajados. Afinal, não existe uma fórmula pronta. Sendo assim, é preciso levar em consideração a realidade de cada empresa.
Redesenhando a jornada do colaborador
- Essa construção deve ser feita em conjunto com o colaborador. É preciso colocar-se no lugar dele identificando suas necessidades e desejos. A prática da escuta ativa é uma excelente forma de ouvir, sem julgamento. Por isso, é importante tomar o cuidado de validar se a mensagem foi compreendida corretamente.
- Mapear o público interno e dividi-lo em grupos de acordo com seu estágio de vida e aspirações de carreira, criando personas.
- Depois de levantar as informações, olhe para todas as etapas: atração, recrutamento e seleção, contratação, onboarding, desenvolvimento, promoção, retenção e desligamento. É hora de desenhar a jornada do colaborador. Lembre-se: a cultura organizacional deve permear todos os pontos de interação do colaborador com a empresa. Esteja certo de que é um processo dinâmico em que você vai experimentar e ajustar.
- Agora é hora de aproximar-se do colaborador e vivenciar o dia a dia dele para identificar as dores e os pontos positivos. É preciso ter agilidade na correção ou melhoria dos pontos identificados. O importante é criar experiências que façam sentido e criem valor para o colaborador. Essa estratégia ajuda na atração e retenção de talentos, motivação, aumento da produtividade, menor rotatividade, sentimento de pertencimento e propósito.
De olho em algumas práticas
- O employer branding é uma excelente estratégia que trabalha a marca empregadora na atração de talentos.
- Os processos de recrutamento e seleção estão cada vez mais baseados em gamificação, tornando o processo dinâmico e atrativo.
- No momento da contratação, a adequação ao cargo oferecido e o fit cultural são mais importantes do que o currículo apresentado.
- No onboarding é possível segmentar o treinamento de acordo com as necessidades do novo colaborador.
- O uso de plataformas de educação continuada disponíveis no mercado para capacitação online é bastante eficiente nos novos modelos híbrido e homeoffice.
- Nem sempre um excelente profissional técnico possui interesse e habilidade para gerenciar pessoas. Dessa forma, é preciso prever no plano de carreira a possibilidade de crescimento como especialista ou até para uma nova função em outra área.
- Um bom plano de benefícios flexíveis é um diferencial competitivo na retenção de talentos.
- A entrevista de desligamento é o último ponto de interação do colaborador com a empresa. Sendo assim, aproveite a oportunidade de receber um feedback honesto que pode trazer vários insights para melhorias.
Sua empresa já organizou todas as etapas da jornada do colaborador? O próximo passo é trabalhar employee experience: experiências memoráveis, percepções e sentimentos que os colaboradores viverão em todas essas etapas. Mas isso é conversa para um próximo artigo.
Quer saber como a comunicação interna pode ajudar nesse processo? Então, entre em contato com a gente. Afinal, apoiar organizações nessa jornada é o que mais gostamos de fazer.
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