Você já sabe: aqui na Vibro, estamos antenadas no que há de mais inovador na comunicação interna, por isso, acompanhamos o SXSW 2025 (South by Southwest). O evento é um dos mais influentes e multidisciplinares do mundo, realizado anualmente em Austin, no Texas (EUA), e reúne temas como tecnologia, marketing e cultura.
Mas para falar a verdade, o tema que mais nos chamou a atenção foi a palestra de Amy Gallo. Autora best-seller e referência em dinâmicas organizacionais, Amy surpreendeu o público ao propor uma nova leitura sobre um dos temas mais controversos do ambiente corporativo: a fofoca. Longe de ser apenas ruído ou distração improdutiva, ela pode revelar padrões culturais, fortalecer vínculos entre colegas e até se tornar uma poderosa aliada na gestão de equipes se compreendida e conduzida com inteligência.
Apesar de comum e quase inevitável, a fofoca carrega uma má reputação. Um levantamento citado por Gallo mostrou que 96% dos funcionários admitem fofocar ao longo do expediente. Mas a empresa Hibou destaca que no Brasil é um desafio considerável implementar essa visão, já que, dentro do ambiente de trabalho, 59% dos brasileiros encaram a fofoca como algo negativo e 53% acreditam que fofoca serve para difamar as pessoas.
A linha entre uma conversa informal e um comentário tóxico é tênue: quando motivada por desconfiança, preconceito ou desejo de autopromoção, ela pode minar a confiança, destruir reputações e comprometer a saúde organizacional. E mais: ao tentarem coibir essas trocas, gestores acabam criando um ambiente de silenciamento, onde os boatos ganham ainda mais força nos bastidores.
Segundo Gallo, a solução não está em eliminar a fofoca — tarefa praticamente impossível —, mas em criar uma cultura em que a troca de informações aconteça com transparência, ética e propósito. Para isso, líderes precisam abandonar o desejo de controlar todas as narrativas e investir na criação de espaços seguros para diálogo, feedbacks e escuta ativa. A comunicação informal, quando bem conduzida, pode revelar gargalos, antecipar crises e ajudar a calibrar a cultura interna da organização.
Para transformar a fofoca de problema em potencial, Amy Gallo propõe três estratégias práticas:
- Avalie a intenção da conversa: Antes de compartilhar algo, pergunte-se se isso contribui para o crescimento coletivo ou apenas alimenta ruídos.
- Estimule feedbacks diretos: Perguntar “Você já falou isso diretamente com a pessoa envolvida?” pode frear uma onda de mal-entendidos antes que ela comece.
- Promova uma cultura de confiança: Quando os colaboradores sentem que podem se expressar sem medo, a necessidade de fofocar diminui drasticamente.
E você? Conta pra gente: sua empresa está enfrentando desafios relacionados à fofoca?
Quer saber mais? Fale com nosso time!
Deixar um comentário